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O poder é um bicho que pode ser manso ou bravo, mas o que se faz com ele está na mão de quem o tem. Quando se entrega o poder a alguém, fica-se a perceber tudo sobre quem é, e como vê os outros.
ESTAVA num supermercado, e ao meu lado estavam duas empregadas de limpeza a conversar. Percebi que falavam sobre os salários, a miséria que recebiam para limparem a miséria dos outros. Tinham um ar cansado, de quem ainda tem um dia longo pela frente, de esfregonas na mão e olhar de muitos dias à procura de qualquer coisa que as faça acreditar que amanhã vai ser melhor. Entre as queixas, falavam de como eram tratadas por quem as tinha contratado, do descontentamento de serem usadas como pessoas que não servem para nada que não seja esfregar o chão e calar. Às tantas, uma delas diz: “Olha, sabes o que te digo? Se quiseres realmente conhecer alguém, dá-lhe poder.” A frase, que já tinha ouvido tantas vezes, na boca de certas pessoas passa a ter uma verdade que nos consome por dentro. Vi naquela frase um mal que corrompe o mundo, e que deixa arrastar uma doença que destrói bons e maus. Aquilo que uma pessoa é, é um mistério insondável. Podemos ser muitas coisas, porque aprendemos a esconder o que nos desfeia, e a dar protagonismo ao que faz de nós melhores. Aos olhos dos outros conseguimos quase tudo, porque é um truque de ilusionismo que aprendemos desde cedo para sobreviver. Mas o poder tem esse condão de desmascarar, de pôr à vista de todos o truque que era tão bem feito que quase parecia verdade. O poder é um bicho que pode ser manso ou bravo, mas o que se faz com ele está na mão de quem o tem. Quando se entrega o poder a alguém, fica-se a perceber tudo sobre quem é, e como vê os outros. O poder não é uma lente que deforma, é um raio-x onde não se consegue esconder o que se quer, antes fica tudo à mostra, como se andássemos nus sem sabermos.
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.