Sábado – Pense por si

Rui Hortelão
Rui Hortelão Director da SÁBADO
08 de janeiro de 2015 às 13:23

A Grécia, a Alemanha e o futuro da UE

A esquerda radical parece destinada a governar a Grécia. Talvez ainda não seja com o Syriza mas, à medida que fragilidades e divisões se repetem e se acentuam, aumenta o perigo de uma ruptura efectiva e de consequências imprevisíveis

A vitória do Syriza nas eleições legislativas da Grécia, no próximo dia 25, parece inevitável. É o desfecho triunfante de uma caminhada que a esquerda radical grega vem fazendo desde 2010, antecedido pelos 26,9% de votos obtidos nas legislativas de 2012 e pelo triunfo nas europeias de 2014. Um problema para a União Europeia, já que na génese do Syriza está um vincado discurso antieuropeu. No entanto, o radicalismo tem-se suavizado no discurso e, acima de tudo, na acção. Alexis Tsipras tem sabido gerir as conquistas e mostrado capacidade e ambição para as transformar em novas conquistas. Este é talvez o sinal que mais tranquilidade pode dar aos que temem que o Syriza seja o princípio do fim da União Europeia.

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