Sempre que preparo o comer em casa, almoço no recinto atrás da empresa com um grupo de amigos desconhecidos. Não nos falamos, embora já tenhamos partilhado inúmeras refeições. Os 60 minutos nunca são memoráveis. É apenas menos uma hora a fazer uma tradução irrelevante. Comemos, alguns conseguem passar sem olhar para o ecrã do telemóvel à procura de mais um estímulo inútil. Arrumamos os talheres na divisão feita à medida, e enfiamo-nos de volta no elevador até ao nosso cubículo designado. Como ponto alto do dia é baixinho, mas é o que há.

Dançar na rua

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