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Para descongestionarmos das iniquidades do mundo, nada como um bom palavrão
Para descongestionarmos das iniquidades do mundo, nada como um bom palavrão. O palavrão é a forma prosaica que a humanidade tem de não enfiar os automóveis contra uma parede ou de balear desconhecidos. Desde que não seja utilizado como instrumento de violência, o palavrão é uma arma terapêutica. Dois novos e desopilantes livros,What the F: What Swearing Reveals About Our Language (Basic Books), do cientista cognitivo Benjamin K. Bergen eIn Praise of Profanity (Oxford University Press), do linguista Michael Adams, confirmam-no: é bom ser obsceno. Deveriam fazer-se estudos - de preferência subsidiados pelos hospitais públicos - sobre os benefícios profilácticos e regenerativos de uma bela badalhoquice verbal. Como escreveu outra especialista no assunto, Melissa Mohr, emHoly Shit (também da Oxford University Press, o assunto é de capital importância académica), já em Pompeia se escrevia nas paredes de um bordel esse singelo mas retemperador "Vim aqui foder, e depois fui para casa". Até ao final da Renascença, as verdadeiras obscenidades não eram - perdão - "piça" ou "caralho", mas os vocábulos que punham em causa a fé e a religião. Está provado que as grosserias nos ajudam a suportar a dor emocional, mas também a física. Não há apenas um valor catártico. Há um efeito analgésico. O palavrão faz bem à saúde. Só na língua inglesa, existem 1740 palavras para o acto sexual, 1351 para pénis e 1180 sinónimos de vagina. Se não é a indecência do humor obsceno que nos salva da bárbara parvoíce instalada, o que nos salvará desta merda?
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Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.
Ricardo olhou para o desenho da filha. "Lara, não te sentes confusa por teres famílias diferentes?" "Não, pai. É como ter duas equipas de futebol favoritas. Posso gostar das duas."