Na semana passada, oHollywood Reporternoticiou que a AVE, uma produtora cinematográfica de Berlim, prepara umbiopicsobre a vida de Angela Merkel. Os produtores nacionais andam distraídos: se bem que o percurso biográfico de José Sócrates ofereça um inesgotável manancial de sequências de suspense, comcliffhangersde pasmar (Quando cairá o telhado das casas projectadas na Covilhã? Será que o amigo de infância acabará por traí-lo? O menu de degustação do La Tour d’Argent é superior ao do Le Meurice?), nada se compararia a um filme sobre a vida do estadista Passos Coelho. Filmado de câmara à mão e vídeo digital HD para captar as cambiantes dramáticas da figura,O País das Maravilhas(é o nome de uma longa-metragem nos cinemas, mas encaixava que nem uma luva de licra nesta obra-prima) acompanharia o Matt Damon de Massamá, desde os tempos épicos da pista de dança repleta do Happening Bar e da pista de aterragem vazia do aeródromo de Monfortinho.

O País das Maravilhas

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