A única coisa mais perigosa do que a ausência de liberdade é a ilusão da liberdade. A globalização criou o logro de que, no mundo real ou digital, as fronteiras se desvanecem a cada dia que passa. Sucede precisamente o contrário. Os tabletse ossmartphonesnão expandem os territórios da nossa emancipação, reforçam o ensimesmamento – enquanto olhamos para ecrãs cada vez mais minúsculos, não estamos a olhar para a realidade, estamos a olhar para a imagem de nós próprios numa realidade que não existe; um simulacro, como diria Baudrillard.

O muro

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