O Verão chegou, e com ele a sublime parvoíce dos meses quentes. É a temporada da pele grelhada de Cinha Jardim, das aparições de Zezé Camarinha a rosnar um "very nice", das tatuagens da mulher do Raul Meireles, das declarações sartrianas de Lili Caneças, dos políticos de solário retroactivo e pneus a rebentar pela cintura
O Verão chegou, e com ele a sublime parvoíce dos meses quentes. É a temporada da pele grelhada de Cinha Jardim, das aparições de Zezé Camarinha a rosnar um "very nice", dos namorados viçosos da duquesa de Alba (espera aí, essa já morreu), das tatuagens da mulher do Raul Meireles, das declarações sartrianas de Lili Caneças ("Estar vivo é melhor do que estar morto"), dos políticos de solário retroactivo e pneus a rebentar pela cintura da calça em poses Colgate no sofá da casa de férias em Vale do Lobo, das 700 famílias que mandam nisto a passearem os Range Rovers, a pronúncia de São João do Estoril e os filhos clonados num filme californiano de ficção científica dos anos 60 em que toda a gente perdeu as sinapses e se chama Martim ou Constança, da moda das bebidas estúpidas que provocam ressacas de caixão à cova e desidratam mais do que três semanas no deserto de Gobi (este ano continua a ser o gin), dos concursos televisivos em que é preciso matar alguém para receber aplausos, das festas da TVI, da Caras, da M80, do Licor Beirão e do Açoriano Oriental, dos shows de Nel Monteiro e do artista Emanuel por Vila Nova da Gaiola com bailarinas de maminhas saltitantes, meias de renda e sonhos de conhecer um Martim, mesmo que ele seja vesgo e tenha sotaque do Barreiro, das sardinhadas em varandas de Armação de Pêra onde não cabe uma lata de atum e dos amores escaldantes com aquela inglesa que até nem parece bifa e deixa uma nota de despedida na cabeceira no dia do voo para Blackpool: "Sorry love, tenho gonorreia."
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A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.