Sábado – Pense por si

Pedro Marta Santos
Pedro Marta Santos
30 de dezembro de 2014 às 10:36

O ano de todos os perigos

Talvez o que possamos desejar para 2015 seja precisamente aquilo que não é razoável, diz o cronista

O que podemos desejar para 2015? Melhor: o que é razoável desejarmos para 2015? Talvez o que possamos desejar para 2015 seja precisamente aquilo que não é razoável. Dizem-nos que a austeridade permanece " inevitável"; que o empobrecimento é "fatal como o destino"; e que os políticos "são todos iguais". Não é, assim, possível mudar nada de substantivo. Mas não será a austeridade a Ocidente – como todos os fluxos económicos, mesmo em plena globalização – algo finito no tempo? Não nos ensinou a História que o empobrecimento das nações não obedece às leis da física newtoniana, antes dependendo dos ciclos da vontade popular e das inflexões da acção política? E se os políticos são todos iguais, como explicar as grandes lutas que construíram as democracias parlamentares?

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.