É a morte desejada, procurada, nos autores e nas vítimas, que mostra em primeiro lugar que estamos perante uma fé. Muita gente se arrepia quando se fala de fé, porque “Deus é bom”, as religiões são puras na sua dedicação ao transcendente, etc. E contrapõe-se que estes terroristas nada têm a ver com a religião, nem com o Islão
1.A propósito dos acontecimentos de Paris, aparece um pouco por todo o lado a pergunta "em nome de quê?". E depois acrescenta-se, como faz o Público: "A pergunta que não tem resposta." Tem resposta, tem. Infelizmente não é a resposta que gostaríamos de dar, mas se não compreendemos a resposta, não conseguiremos nós próprios defrontar estes actos de terrorismo político. E a resposta é a fé, uma certa forma de fé, podemos achar que é uma forma transviada, perversa da fé, mas é uma crença profunda numa ideia religiosa que, como acontece em muitas religiões, se estende para uma ideia dos costumes, da sociedade e da política. É uma ideia "civilizacional", não da que nós temos hoje no chamado Ocidente, mas da que se tem numa parte cada vez mais importante do Islão e que afecta (e infecta) indivíduos, grupos, povos, proto-estados e estados. Aqueles que menos "infectados" estão, os palestinianos e os curdos, por exemplo, são por nós deixados sem defesa.
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O País precisa de uma viragem de mentalidade. De um governante que olhe para a segurança com visão estratégica, pragmatismo e coragem. Que não fale apenas de leis, mas de pessoas, de sistemas, de tecnologia e de resultados.
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