Sábado – Pense por si

José Pacheco Pereira
José Pacheco Pereira Professor
11 de junho de 2017 às 13:00

Os atentados

Como a memória é curta e a maioria das pessoas que estão vivas na Europa ocidental (o mesmo não é válido para os Balcãs, por exemplo) nunca teve uma experiência de guerra, ou de duros conflitos civis (aqui há também uma excepção para os britânicos e os irlandeses, ou para os espanhóis), pensa que estes tempos de terrorismo não têm passado. Têm e muito

1. Não vai haver cidade, aeroporto, estádio, arena, mercado, rua e praça, comboio, avião, barco, restaurante, festival, feira, seja lá o que for que tiver pessoas, sem risco de atentado. É uma consequência da evolução política de uma franja do islão radical, que tem uma componente apocalíptica: os que praticam atentados são suicidas, e o objectivo é matar tantas pessoas quanto seja possível. É um dos casos em que a designação de "terrorista" tem todo o sentido, porque se trata de usar o terror para obter resultados políticos – nos dias de hoje legitimar o "califado", a fusão entre a religião e o estado, dentro das fronteiras da expansão máxima do islão na Idade Média. A utilização do terror estende-se por todo o mundo, mas o seu clímax encontra-se no Afeganistão, na Síria, no Iraque, no Paquistão, e depois vai da Indonésia à Europa, África e aos EUA. Um continente que até agora tem estado relativamente a salvo deste tipo de atentados tem sido a América Latina.

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