Quando a II Guerra começou, após Chamberlain ter dado a Checoslováquia a Hitler para garantir a “paz”, Churchill o beligerante excessivo, criticado há meses, tornou-se o primeiro-ministro. Ele tinha uma coisa a seu favor, não tinha a mais pequena ilusão sobre quem era Hitler e o que ele queria fazer. Há hoje por toda a Europa, na política interna e na política externa, vários fantasmas de Chamberlain a semear indiferença face a Putin usando a mais manipulada das palavras no dia de hoje, Paz. Será que eles não veem que Putin todos os dias sobe um degrau nas ameaças, continua a massacrar a Ucrânia e se arroga o direito da mais flagrante violação do direito internacional que é conquistar territórios pela força bruta? Ver, veem, mas uma mistura de medo, cegueira, a tentativa de passar pelos pingos da chuva, para além da secreta admiração por Putin, fá-los trair a Ucrânia e trair o seu país, porque a insegurança que já existe na Europa não é apenas para a Lituânia, mas também para a Hungria.