Sábado – Pense por si

José Pacheco Pereira
José Pacheco Pereira Professor
03 de julho de 2024 às 23:00

Muito francês

Há muita coisa em que eu sou muito pouco francês, na história e na política. Deixemos de lado a Revolução Francesa, Ça Ira. Da revolução francesa ficou Maio de 1968, mas a história do século XX é uma desgraça, o que torna ainda mais ofensiva a empáfia patriótica e nacionalista dos franceses.

Muito do que me fez no período de “alimentar o monstro” veio de França. A biblioteca da família estava cheia de livros franceses desde o século XVIII e, em muitos casos, em primeiras edições. Como lia compulsivamente desbastei parte dessa biblioteca, Balzac, Verlaine, Baudelaire, Mallarmé, Maupassant, Flaubert, Stendhal, Montesquieu, Voltaire, Molière, Claudel, Valery, Martin du Gard, Vaillant, só para os mais antigos. E muito, muito Júlio Verne, com destaque para o livro que mais me atraiu do dito, A Ilha Misteriosa. Mais tarde li outros, Ronsard, Villon, Froissart, Rousseau e por aí adiante. Parece muito e a lista muito pedante, mas foi mesmo assim. Eu habitava na biblioteca…

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