Sábado – Pense por si

José Pacheco Pereira
José Pacheco Pereira Professor
17 de março de 2017 às 07:00

A história como violação da gravidade

Quem imaginaria um conflito como o que opõe a Holanda à Turquia, ou a “geringonça”, ou Trump, ou a possível independência da Escócia, ou que seja a Câmara dos Lordes a defender aquilo que a Câmara dos Comuns não fez por conveniência política?

O que é interessante na História é a sua imprevisibilidade. Ou seja, o que é a fábrica da História é aquilo que não se pode prever. É por isso que a História é a mais "humana" das ciências, a que permite maior criatividade porque é narração sobre o passado, com regras que são muito mais comuns à literatura do que se pode pensar à primeira vista. É também por isso que faz algum sentido dizer, como Fukuyama, que a "história acabou", se se conceber que essa história que acabou é a da interpretação teleológica da História, que vai da religião ao marxismo, a todas as teorias que implicam uma seta, um sentido na história dos homens, seja o Juízo Final, quando Deus se cansa da Humanidade, seja o caminho para a sociedade sem classes e as suas etapas.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.

Cuidados intensivos

Loucuras de Verão

Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.