Sábado – Pense por si

Nuno Costa Santos
Nuno Costa Santos
03 de julho de 2017 às 07:00

Aqui dentro

Portugal, depois da euforia com a vitória no Festival da Canção, deprimiu por causa dos mortos de um incêndio que aguarda as conclusões de um relatório decente, sem defesas desculpabilizadoras do Governo e das autoridades nem o cheiro a vingança das oposições partidárias e das opiniões com raiva

Portugal, depois da euforia com a vitória no Festival da Canção, deprimiu por causa dos mortos de um incêndio que aguarda as conclusões de um relatório decente, sem defesas desculpabilizadoras do Governo e das autoridades nem o cheiro a vingança das oposições partidárias e das opiniões com raiva. Já não se conhece a melodia ganhadora. Já não se sabe os versos da letra premiada. O que se passou em tonalidades cor-de-rosa soa tão longínquo que é como se nunca tivesse existido ou tivesse sido um sonho nacional, delírio que nos fez por um instante ensaiar um festejo colectivo – desvalorizado, como é dos regulamentos, por dois ou três cínicos sacerdotes do bom gosto. O próprio moço, eclipsado das televisões e revistas, parece ser agora uma personagem de ficção. É legítima a pergunta: Salvador Sobral terá mesmo existido?

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