Sábado – Pense por si

Eduardo Dâmaso
Eduardo Dâmaso
23 de dezembro de 2022 às 08:00

Manuel Pinho, um exercício de memória

Não será inédito, em quase 50 anos de democracia e em muitos de ditadura, um ministro ser assalariado de um grupo económico. Mas Pinho foi descoberto, com prova fumegante, num governo em que o próprio primeiro-ministro mercadejou com o cargo a favor do mesmo Salgado.

A acusação a Manuel Pinho requer um indispensável exercício de memória. A primeira vez que ouvi falar de Pinho foi pelos idos de 2002, quando Ferro Rodrigues assumiu a liderança do PS, na sequência da demissão de António Guterres. Pinho não era conhecido no País, apenas nos circuitos financeiros, e andava há pouco tempo na esfera do PS, para onde tinha sido levado pelo seu velho amigo Ferro. Era vendido aos jornalistas que acompanhavam a política como o homem que faria o programa económico dos socialistas nas eleições de 2003, aquelas que Ferro perderia por pouco para Durão Barroso.

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