Sábado – Pense por si

Eduardo Dâmaso
Eduardo Dâmaso
07 de agosto de 2014 às 20:25

A hora da verdade

Em Portugal, os poderosos não são presos e conseguem salvar o pecúlio. A opinião de Eduardo Dâmaso, director adjunto do 'Correio da Manhã'

É hoje uma evidência que os grandes casos de crime financeiro quase paralisam a justiça e enviesam a sua vocação penal. Do Furacão ao Monte Branco, passando pelo BPN e pelos submarinos, temos uma justiça enredada em papel, pedidos de cooperação internacional, circuitos labirínticos de offshores, perícias complexas que criam processos morosos e de prova muito difícil. Instalou-se, por isso, uma espécie de possibilismo que orienta as investigações para a recuperação de dinheiro por via fiscal e secundariza a opção penal e carcerária. Em Portugal, os poderosos não são presos e conseguem salvar o pecúlio.

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