A consulta das declarações de rendimentos dos titulares de cargos políticos obedece a um processo arcaico contrário às regras internacionais. A Entidade para a Transparência, que devia fiscalizar essas mesmas declarações, está prevista desde 2019 – mas nunca saiu do papel.
Conhecer as declarações patrimoniais e de interesses dos governantes é algo que deveria ser simples – e em alguns países é mesmo. Em França, por exemplo, basta entrar no site da Alta Autoridade para a Transparência na Vida Pública, clicar no nome de um ministro e ficamos a conhecer as atividades que exerce e a respetiva remuneração nos cinco anos anteriores à tomada de posse, as suas participações financeiras e os cargos exercidos em empresas públicas ou privadas e as eventuais funções passíveis de constituir um conflito de interesses. Ficamos também a conhecer o seu património imobiliário (com descrição de áreas, localização, data e valor de aquisição e valor patrimonial), sociedades comerciais, seguros de vida, contas bancárias, bens mobiliários com valor superior a 10 mil euros, fundos, bens e contas no estrangeiro e passivo. Ficamos, portanto, habilitados a perceber se ao longo dos anos haverá algum aumento súbito de património ou eventuais conflitos de interesse no exercício de funções. Tudo à distância de um clique: as declarações são preenchidas online, por 17 mil responsáveis públicos.
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Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.
Ricardo olhou para o desenho da filha. "Lara, não te sentes confusa por teres famílias diferentes?" "Não, pai. É como ter duas equipas de futebol favoritas. Posso gostar das duas."