O que falta aos ambientalistas é um bom relações públicas. Alguém que se sente com eles e lhes explique a maneira mais eficaz de chamarem a atenção, mas de uma forma que seja construtiva, e não apenas destrutiva.
UM GRUPO DE JOVENSactivistas da organização ambientalista Just Stop Oil decidiu vandalizar Stonehenge pulverizando os monólitos com tinta cor de laranja, para apelar ao fim da exploração de combustíveis fósseis até 2030. Pronto, ficou finalmente resolvido. Agora é só esperar pelo dia 31 de Dezembro de 2029 à meia-noite, para que os tubos de escape passem a bufar um arco-íris em vez de monóxido e dióxido de carbono. Há uma tendência nestes manifestantes em embirrar com coisas velhas que não fizeram mal a ninguém, nomeadamente obras de arte e monumentos; agora abriram uma excepção para pedras grandes. Este tipo de acções são importantes num aspecto: unem ambientalistas e negacionistas climáticos - é dos poucos momentos em que apetece muito pouco dialogar com qualquer um dos dois lados. Em vez disso, faz com que apareça uma súbita vontade de ir até uma bomba de gasolina, atestar um bidão de 20 litros, e depois ir a conduzir um carro com 4 escapes de alto rendimento até ao Oceanário; entrar em direcção ao tanque das orcas, e despejar lá os 20 litros de gasolina sem chumbo 95. No fim, acender um cigarro, e pensar: "Olha lá o disparate que me deu para fazer depois de ver um ambientalista a pulverizar calhaus antigos." Estas manifestações focam-se naquilo que chama mais a atenção, mas que afasta mais da razão. Ninguém vê um protestante deitado na Segunda Circular, a atrasar todas as pessoas que precisam de ir para o emprego, e pensa: "Pois é, temos mesmo de deixar de usar combustíveis fósseis. Vou dizer isso ao meu patrão, quando ele me descontar este dia do salário."
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O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.