NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Para que não lhe escape nada, todos os meses o Diretor da SÁBADO faz um resumo sobre o que de melhor aconteceu no mês anterior.
Nem na revolta popular os Bolsonaristas conseguem um rasgo de inovação. É uma cópia barata do que se passou no Capitólio nos EUA. Há muitas semelhanças, sendo a mais óbvia a surpreendente capacidade de, tanto num como no outro, os manifestantes conseguirem andar em duas patas.
O QUE ACONTECEU NO BRASIL não é nada que possa espantar o mundo. No fundo foi uma excursão de chalupas. Foram de autocarro e com a mesma roupa para não se perderem e tudo. Mas depois a meio houve um que achou que aquilo não era bem o que prometiam no panfleto da agência de viagens, e decidiu evitar o livro de reclamações e partir logo. Literalmente partir logo. Como aquelas crianças que não tiveram o brinquedo que pediram ao Pai Natal, e que se vão vingar com um pontapé no sofá. Ou que não comeram a horas, e estão com aquela birrinha que só acalma quando lhes enfiam duas bolachas Maria pela goela abaixo. A diferença é que esta birra é cara, e custa tanto em dinheiro como custa na alma e dignidade do Brasil. As queixas que levaram a esta birra são as mesmas de sempre, vão invariavelmente parar à conversa de que o sistema eleitoral foi manipulado e está viciado. A única hipótese de eventualmente não estar viciado, é se tivesse ganho o Bolsonaro. Como Bolsonaro não ganhou, o sistema eleitoral está viciado. Como está viciado, decidiram invadir o Congresso, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal, para derrubar o Governo que foi eleito por um sistema eleitoral viciado. Depois disso, querem repor o Presidente que quando foi eleito foi de forma democrática, mas que quando foi derrotado foi de forma manipulada para, por fim, repor a democracia. Não é simples? Eu cá acho.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.