Nem na revolta popular os Bolsonaristas conseguem um rasgo de inovação. É uma cópia barata do que se passou no Capitólio nos EUA. Há muitas semelhanças, sendo a mais óbvia a surpreendente capacidade de, tanto num como no outro, os manifestantes conseguirem andar em duas patas.
O QUE ACONTECEU NO BRASIL não é nada que possa espantar o mundo. No fundo foi uma excursão de chalupas. Foram de autocarro e com a mesma roupa para não se perderem e tudo. Mas depois a meio houve um que achou que aquilo não era bem o que prometiam no panfleto da agência de viagens, e decidiu evitar o livro de reclamações e partir logo. Literalmente partir logo. Como aquelas crianças que não tiveram o brinquedo que pediram ao Pai Natal, e que se vão vingar com um pontapé no sofá. Ou que não comeram a horas, e estão com aquela birrinha que só acalma quando lhes enfiam duas bolachas Maria pela goela abaixo. A diferença é que esta birra é cara, e custa tanto em dinheiro como custa na alma e dignidade do Brasil. As queixas que levaram a esta birra são as mesmas de sempre, vão invariavelmente parar à conversa de que o sistema eleitoral foi manipulado e está viciado. A única hipótese de eventualmente não estar viciado, é se tivesse ganho o Bolsonaro. Como Bolsonaro não ganhou, o sistema eleitoral está viciado. Como está viciado, decidiram invadir o Congresso, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal, para derrubar o Governo que foi eleito por um sistema eleitoral viciado. Depois disso, querem repor o Presidente que quando foi eleito foi de forma democrática, mas que quando foi derrotado foi de forma manipulada para, por fim, repor a democracia. Não é simples? Eu cá acho.
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Através da observação da sua linguagem corporal poderá identificar o tipo de liderança parental, recorrendo ao modelo educativo criado porMaccobye Martin.
Ficaram por ali hora e meia a duas horas, comendo e bebendo, até os algemarem, encapuzarem e levarem de novo para as celas e a rotina dos interrogatórios e torturas.
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.