Sábado – Pense por si

Ângela Marques
Ângela Marques Jornalista
19 de abril de 2019 às 09:00

A pior doença

Na paragem tinha visto que ele vinha num grupo, era um de oito homens a caminho de um almoço de velhas glórias

Ele e a minha campainha eram dois contra o mundo. Quando olhei pelo óculo percebi que vinha com pressa, mas não imaginei que trouxesse uma notícia de última hora. Trazia: "A tua vizinha da frente é extremamente simpática." Pensei no advérbio de modo - era extremo - mas ele, pouco interessado em dar-me tempo, continuou: "Cumprimentou-me quando entrou no elevador e à saída desejou-me um bom dia, um bom dia com vontade, um bom dia a sério. Fiquei parvo." Parvo é a conversa com estranhos estar em desuso, disse-lhe.

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Um Nobel de espinhos

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Justa Causa

Gaza, o comboio e o vazio existencial

“S” sentiu que aquele era o instante de glória que esperava. Subiu a uma carruagem, ergueu os braços em triunfo e, no segundo seguinte, o choque elétrico atravessou-lhe o corpo. Os camaradas de protesto, os mesmos que minutos antes gritavam palavras de ordem sobre solidariedade e justiça, recuaram. Uns fugiram, outros filmaram.

Gentalha

Um bando de provocadores que nunca se preocuparam com as vítimas do 7 de Outubro, e não gostam de ser chamados de Hamas. Ai que não somos, ui isto e aquilo, não somos terroristas, não somos maus, somos bonzinhos. Venha a bondade.