Sábado – Pense por si

Alberto Gonçalves
Alberto Gonçalves
26 de janeiro de 2016 às 08:00

Os pupilos do senhor reitor

Se, catastroficamente, viesse a realizar-se, o tempo Nóvoa, perdão, novo seria isto. E isto é um manicómio a céu aberto

Não me interessa saber se Sampaio da Nóvoa se licenciou em teatro, ou rendas de bilros. A julgar pelas suas intervenções públicas, a única coisa que estudou na vida foram as cantigas concorrentes ao Festival RTP nos anos 70, sobretudo as letras de Ary dos Santos. À época, uma pessoa ouvia aquilo e perguntava: de que diabos estão para ali a falar? Ninguém respondia. O mesmo desconforto é suscitado no século XXI pela retórica do candidato presidencial, a qual partilha o tom presunçoso, saloio, desconchavado e em última instância infantil de versos como "Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia" ou "Meu irmão, minha amêndoa, meu amigo".

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Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.