Sábado – Pense por si

Ricardo Borges de Castro
Ricardo Borges de Castro Analista e Consultor
04 de outubro de 2024 às 07:00

O render da guarda lá para os lados da OTAN

Seja Harris ou Trump a ganhar as presidenciais americanas, a insistência para que europeus (e o Canadá) invistam mais na OTAN vai continuar.

Visto de Bruxelas, as atenções viraram-se, esta semana, para o lado nordeste da cidade: a sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em Haren. Na terça-feira, 1 de outubro, o ex-primeiro ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, substituiu Jens Stoltenberg à frente da Aliança militar. Depois de 10 anos, este era um render da guarda pelo qual o norueguês há muito ansiava – a década em que ele liderou a OTAN de 2014 a 2024 deu-lhe poucos minutos de sossego. Rutte também não deverá ter descanso. Aproximam-se as eleições presidenciais americanas que podem devolver Donald Trump à Casa Branca, a guerra de agressão russa à Ucrânia está a entrar no seu terceiro inverno, a nova era de competição geopolítica e geoeconómica não dá sinais de abrandar e a coesão interna da organização é um alvo em constante movimento.

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