A esta hora, não fazia, ainda, ideia do que estava para vir ou do que iria acontecer a seguir mas sabia, como tantas outras pessoas, que estou cansada desta falta de direcção, desta alternância que não alterna ou altera nada, deste contínuo brincar às casinhas enquanto se governa um país. E, por isso, deixei de escrever sobre o estado das coisas, tentando ignorar a política mas, sobretudo as politiquices que fazem deste, o país que temos. Contudo, há algo impossível ignorar pois, perante o estado de coisas - e não é mau mas, lamento, não é bom - o dia de reflexão foi, para muitos, passado a reflectir sobre o clube que ia ganhar o campeonato, seguido de festa rija para celebrar uma vitória de um clube de futebol, não sem antes termos acarinhado os peregrinos e a fé, e não sem, na véspera das eleições, estarmos lá fora, a cantar, na Eurovisão. Se isto não é um fado, Fátima e futebol em versão 2.0, eu não sei o que será.