Eu costumava usar o Twitter como ferramenta de acesso às notícias e informação sobre as áreas do meu interesse profissional, mas gradualmente foi-se tornando um espaço de egos incontrolados no qual é cada vez mais difícil encontrar notícias e conteúdos relevantes sobre um tema em particular.
A tecnologia, que tanto nos pode ajudar, deixa-nos doentes. Exemplos não faltam, as teorias substituem-se e complementam-se, os teóricos, pensadores, sociólogos, filósofos, psicólogos vão fazendo os seus alertas e nós todos - todos - assobiamos para o lado, tratando aqueles que realmente se preocupam com esta interferência da tecnologia nas nossas vidas como aves raras, os esquisitinhos que querem ser diferentes ou os que não se adaptam. De facto, há uns quantos esquisitinhos e outros tantos que não se adaptam, mas pergunto-me, muitas vezes, quantos de nós pensam efectivamente no que fazemos quando usamos o nosso telefone, quando ligamos o computador ou quando permitimos a comunicação entre diferentes dispositivos, como se tudo isto fosse um admirável mundo novo que, de admirável tem pouco e de novo ainda menos. Os últimos 20 anos aceleraram o processo de disseminação da tecnologia, com a massificação do acesso à internet e, com ela o acesso a dispositivos que nos conectam ao mundo, aproximando-nos. Mas são também esses mesmos dispositivos que nos afastam, tornando-nos pessoas com comportamentos muito duvidosos. Pessoas parvas sempre existiram, mas o facto de nos escondermos - costuma usar-se o verbo proteger, mas na verdade estamos apenas com medo, ou vergonha, de dar a cara pelas nossas palavras e acções - permite-nos escalar o nível de estupidez que o ser humano consegue alcançar.
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Ficaram por ali hora e meia a duas horas, comendo e bebendo, até os algemarem, encapuzarem e levarem de novo para as celas e a rotina dos interrogatórios e torturas.
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.
Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.