Dia 8 de março, agentes do Departamento de Segurança Interna dos EUA, sem apresentar mandado de detenção, detiveram Mahmoud Khalil, estudante da Universidade de Columbia, enquanto este retornava a casa depois de jantar. Mahmound Khalil nasceu num campo de refugiados palestinianos na Síria, no seio de uma família deslocada da sua terra pelo Nabka, em 1948. A sua detenção foi justificada pelas autoridades estadunidense pela respetiva participação em protestos contra o genocídio na Palestina. Semelhante argumentação tem sido utilizada para justificar a detenção de vários outros estudantes internacionais, muitos dos quais continuam detidos sem terem sido formalmente acusados de qualquer crime. A Administração Trump assumiu publicamente que o objetivo é revogar os vistos destes estudantes, que descreve como apoiantes de terroristas. Reagindo à sua detenção, numa carta publicada a 19 de março, Mahmoud Khalil afirma ser um preso político, inscrevendo a perseguição de estudantes que se vem desenrolando numa estratégia mais alargada da Administração estadunidense de reprimir a dissidência interna.