Sábado – Pense por si

Maria J. Paixão
Maria J. Paixão Investigadora
04 de agosto de 2024 às 16:20

Bilhete para lado nenhum

É absolutamente incompreensível que um transporte que não enfrenta trânsito e que não requer paragens demoradas (uma vez que os passageiros têm acesso a casa de banho e serviço de bar a bordo) possa demorar até mais 3 horas do que a viagem de automóvel.

Aberta a época de veraneio, aproximamo-nos rapidamente do pico do movimento pendular que desloca, durante algumas semanas, uma significativa massa de população do Norte para o Sul do país. O Algarve volta a ser a miragem perseguida por famílias de carro cheio que começam a viagem mais ou menos de madrugada. Mas não só. Nos últimos anos assistiu-se a uma tendência diversificadora das deslocações sazonais internas. O Gerês, o Litoral Alentejano, a Arrábida, o Interior ribeirinho, entre outros, tornaram-se também destinos incontornáveis para muitas famílias portuguesas. Todos estes locais, pela afluência massiva durante os meses de verão, vêm-se congestionados de automóveis, com prejuízo para as comunidades locais, para os visitantes e para a natureza que, muitas vezes, é o seu principal chamariz. Não são estranhas a ninguém as longuíssimas filas de trânsito em pontos de acesso, a procura incessante de lugar de estacionamento na maioria das praias e os estacionamentos arriscados (e, não poucas vezes, ilegais) a que somos forçados.

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