O desastre para as Esquerdas, mas também - e que ninguém tenha dúvidas acerca disso - para a Democracia e o Estado de Direito que ocorreu no passado dia 18 de maio, exige uma profunda reflexão com o objectivo de compreender como foi possível um partido sem um programa político definido e que se limita a denunciar, aos berros, o que entende serem os males que afligem o país e os portugueses e as portuguesas, e, ao mesmo tempo, incentiva o ódio contra aqueles que proclama serem os culpados pela situação, ter-se transformado na segunda força política nacional em termos de número de deputados com assento na Assembleia da República.