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Venezuela suspende relações económicas e financeiras com o Panamá

06 de abril de 2018 às 07:25

A medida tem como propósito proteger o sistema financeiro venezuelano.

O governo do presidente Nicolás Maduro suspendeu na quinta-feira as relações económicas e financeiras com 22 pessoas e 46 entidades jurídicas do Panamá, uma medida que tem como propósito proteger o sistema financeiro venezuelano.

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Foto: Cristian Hernandez/EPA
Foto: Reuters
Foto: MAURO PIMENTEL/AFP/Getty Images

A suspensão tem lugar durante 90 dias, renováveis, e entre as pessoas abrangidas pela medida está o Presidente do Panamá, Juan Carlos Valera, a ministra de Relações Exteriores panamiana, Isabel de Saint Malo, o ministro da Presidência, Álvaro Alemán, e a ministra de Governo, Maria Luísa Romero.

A suspensão das relação foi formalizada através de uma resolução conjunta dos ministérios venezuelanos de Relações Interiores, Justiça e Paz, de Comércio Externo e Investimentos Internacionais e da Banca e Finanças.

"Ordena-se a imediata suspensão de toda relação económica, comercial e financeira com os indivíduos listados da República do Panamá, sobre a base do princípio de precaução e como medida de protecção do sistema financeiro e económico da República Bolivariana da Venezuela", lê-se no texto.

Segundo o texto da resolução, as medidas se devem "ao uso recorrente do sistema financeiro panamiano, por venezuelanos, para mobilizar dinheiro e bens provenientes de delitos contra o património público.

A 30 de Março passado, o Panamá decretou sanções contra o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, 54 funcionários governamentais e 16 empresas venezuelanas, por "alto risco" em matéria de branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo e de armas de destruição maciça.

Segundo o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) da Venezuela, estas são "medidas grotescas", que "violam, de maneira frontal e flagrante a honra das nações e a reciprocidade das boas práticas do direito dos povos livres e soberanos que insistentemente têm sido reconhecidas pelos Estados civilizados".

"Condutas como essas querem de amedrontar constantemente a soberania nacional e pretendem ignorar e lesar o sagrado princípio da autodeterminação dos povos", vincou o STJ num comunicado.

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