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Venezuela congela contas de empresas relacionadas com o presidente do Panamá

12 de abril de 2018 às 07:23

Nicolás Maduro ordenou o congelamento de contas em resposta à decisão do Panamá de suspender os voos de sete companhias aéreas venezuelanas.

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou na quarta-feira congelar as contas de várias empresas relacionadas com o seu homólogo panamiano, Juan Carlos Varela, em resposta à decisão do Panamá de suspender os voos de sete companhias aéreas venezuelanas.

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Foto: Cristian Hernandez/EPA
Foto: Reuters
Foto: MAURO PIMENTEL/AFP/Getty Images

"Ordenei o congelamento as contas de todas as empresas do Panamá, vinculadas às máfias representadas pelo Governo de Juan Carlos Varela", anunciou hoje o vice-presidente da Venezuela, Tarek El Aissami.

O anúncio teve lugar durante a ajuramentação do Comando de Campanha Simón Bolívar, de cara às eleições presidenciais antecipadas previstas para 20 de maio, ato que teve lugar no Estado venezuelano de Arágua, a 100 quilómetros a oeste de Caracas.

"O Presidente panamiano divulgou uma nova resolução, infame, ilegal, desproporcional, evitando que aviões venezuelanos cheguem ao Panamá. Temos dito que, se é com boas maneiras, estamos na disposição de falar, dialogar, resolver o que houver para resolver, mas por essa via, saibam que lhes responderemos com dignidade", disse.

Segundo Tarek El Aissami, o Presidente Nicolás Maduro ordenou que sejam divulgadas as novas empresas panamianas alvo de medidas do Governo venezuelano, justificando a medida na necessidade "de proteger" o sistema económico e financeiro da Venezuela, "das máfias do Panamá".

A 5 de Abril passado, o Presidente Nicolás Maduro suspendeu as relações económicas e financeiras com 22 pessoas e 46 entidades jurídicas do Panamá.

A suspensão, válida por 90 dias, renováveis, abrangeu o Presidente do Panamá, Juan Carlos Valera, a ministra de Relações Exteriores, Isabel de Saint Malo, o ministro da Presidência, Álvaro Alemán, e a ministra de Governo, Maria Luísa Romero.

A medida, segundo Caracas, deve-se "ao uso recorrente do sistema financeiro panamiano, por venezuelanos, para mobilizar dinheiro e bens provenientes de delitos contra o património público".

Entre as empresas afectadas está a Copa Airlines, uma das principais linhas aéreas da América Latina.

A 30 de Março passado, o Panamá decretou sanções contra o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, 54 funcionários governamentais e 16 empresas venezuelanas, por "alto risco" em matéria de branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo e de armas de destruição maciça.

Entretanto, o Governo panamiano anunciou que vai adoptar medidas de retorsão contra a Venezuela a partir de 25 de Abril, suspendendo as operações de sete companhias aéreas venezuelanas por 90 dias, prorrogáveis.

A medida abrange "todas as actividades de transporte aéreo, de passageiros e carga, das companhias aéreas venezuelanas que operam no Panamá" e são aplicáveis à Aeropostal Asas da Venezuela, Avior Airlines, Conviasa, Laser, Ravsa, Santa Bárbara Airlines e Turpial Airlines.

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