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Vários feridos em manifestações de apoio a novos juízes do Supremo

22 de julho de 2017 às 22:57

A oposição tinha anunciado querer manifestar apoio aos 33 juízes nomeados na sexta-feira pelo parlamento para o Supremo Tribunal de Justiça

Uma manifestação realizada hoje na Venezuela contra o governo do Presidente Nicolás Maduro terminou em confrontos com as forças de segurança, que causaram diversos feridos e impediram os populares de chegar à sede do Supremo Tribunal.

A oposição tinha anunciado querer manifestar apoio aos 33 juízes nomeados na sexta-feira pelo parlamento para o Supremo Tribunal de Justiça a fim de substituir outros 33 magistrados daquele tribunal, acusado de servir o Governo e que, segundo a oposição, foram nomeados irregularmente.

Os confrontos de hoje resultaram em diversos feridos, segundo avança a agência espanhola de notícias Efe, tendo o incidente mais grave ocorrido com um fotojornalista que, de acordo com Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNPT), foi "selvaticamente espancado pela Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar).

O sindicato divulgou, na sua conta da rede social Twitter, uma imagem do fotojornalista hospitalizado, juntamente com uma mensagem: "Tem duas costelas fracturadas do lado direito, depois de ter sido agredido por elementos da GNB".

Segundo o sindicato, outros quatro elementos da imprensa ficaram feridos por disparos, enquanto cobriam uma manifestação também convocada pela Mesa da Unidade Democrática (MUD), no leste de Caracas.

Outro dos feridos na manifestação foi o violinista Willy Arteaga, que foi atingido por um tiro na cara.

Alguns participantes na manifestação responderam, atirando pedras aos militares, que dispararam balas e lançaram bombas lacrimogéneas para os obrigar a abandonar o local.

Na Venezuela, as manifestações a favor e contra Maduro intensificaram-se desde 01 de abril passado, depois de o Supremo Tribunal ter divulgado duas sentenças, que limitam a imunidade parlamentar e em que aquele organismo assume as funções do parlamento.

A 1 de Maio, Maduro anunciou a eleição de uma Assembleia Constituinte para alterar a Constituição, o que intensificou os protestos. Para a oposição, a Assembleia Constituinte vai acabar com a democracia no país e impor um regime comunista ao estilo de Cuba.

Os protestos contra Maduro já provocaram 100 mortos desde o início de Abril.

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