Secções
Entrar

Rússia lança manobras militares junto à fronteira da Lituânia e da Polónia

14 de setembro de 2017 às 11:33

Moscovo tem-se esforçado por tranquilizar os países da Aliança Atlântica sobre a realização das manobras que têm o nome de código Zapad-2017


A Rússia e a Bielorrússia iniciam hoje manobras militares conjuntas junto às fronteiras da União Europeia, apresentadas como "defensivas" mas denunciadas pela NATO como uma demonstração de força.

1 de 5
Foto: Getty Images
Foto: Getty Images
Foto: Getty Images
Foto: Getty Images
Foto: Getty Images

Moscovo tem-se esforçado por tranquilizar os países da Aliança Atlântica sobre a realização das manobras que têm o nome de código Zapad-2017 (Oeste-2017) e que devem envolver 12.700 militares durante uma semana junto às fronteiras da Lituânia e da Polónia.

Um comunicado divulgado hoje, o Ministério da Defesa da Rússia sublinha que as manobras têm "carácter puramente defensivo e não são dirigidas contra nenhum país, em particular".

O Exército russo organiza manobras todos os anos, em zonas diferentes do país.

Este ano os exercícios vão decorrer na Bielorrússia, no enclave russo de Kaliningrad e em vários pontos do nordeste da Rússia.

Devido à anexação da Crimeia em 2014 e da guerra que decorre no leste da Ucrânia, os países bálticos e a Polónia acusam a Rússia de estar a ameaçar a soberania dos países localizados junto à fronteira russa.

"O exercício Zapad-2017 foi preparado para nos provocar e para testar os nossos sistemas de defesa e é por isso que nós temos de ser fortes", disse no domingo o ministro britânico da Defesa, Michael Fallon acrescentando que a Rússia está a "tornar-se cada vez mais agressiva".

A Rússia tem reivindicado o direito de organização de manobras militares ao mesmo tempo que denuncia "a expansão da NATO" junto das fronteiras do país.

Neste momento a Aliança Atlântica dispõe de cerca de quatro mil soldados que foram enviados para os países bálticos e para a Polónia.

O exercício Zapad-2017 vai decorrer em simultâneo com as manobras militares na Ucrânia em que participam efectivos do Exército dos Estados Unidos e de exercícios na Suécia que envolvem cerca de 19 mil militares e que vão simular um ataque levado a cabo "de um adversário poderoso e que dispõe de meios sofisticados".

O cenário das manobras russas ensaia todos os anos a capacidade militar em diferentes zonas do país na luta contra "grupos extremistas" que se infiltram na Bielorrússia e ao enclave russo de Kaliningrad, a partir de três países imaginários, mas que os analistas militares ocidentais identificam como a Lituânia, Letónia e Polónia.

Além das tensões provocadas pelo exercício Zapad-2017, o Exército russo e a Aliança Atlântica têm-se acusado mutuamente de "manobras perigosas" que envolvem navios da Marinha de Guerra e aviões de combate, no Mediterrâneo e no Mar Báltico.

No final de 2014, o presidente russo, Vladimir Putin, instaurou uma nova doutrina militar que considera as forças da NATO como uma ameaça contra a Rússia.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela