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Primeira saída do papa Francisco do Vaticano em sete meses leva-o a a Assis

03 de outubro de 2020 às 14:23

A última saída de Francisco foi no passado dia 23 de fevereiro a Bari, cidade portuária no sul de Itália, para uma reunião internacional dos bispos do Mediterrâneo, onde uma multidão o esperava.

O papa Francisco reza hoje junto ao túmulo de São Francisco, em Assis, celebrando em seguida uma missa, naquela que será a sua primeira saída de Roma em sete meses.

Em Assis, no centro da Itália, a 180 quilómetros de Roma, o papa vai também assinar a sua terceira encíclica, "Fratelli tutti" ("Todos Irmãos").

A última saída de Francisco foi no passado dia 23 de fevereiro a Bari, cidade portuária no sul de Itália, para uma reunião internacional dos bispos do Mediterrâneo, onde uma multidão o esperava.

Poucos dias após o confinamento geral em Itália, em meados de março, Francisco tinha deixado o Vaticano apenas uma vez para ir rezar a uma basílica em Roma, tendo percorrido uma das principais artérias da capital italiana, completamente vazia.

Em final de março passado, o papa surgiu sozinho na praça deserta da Basílica de São Pedro, no Vaticano, onde, sob uma forte chuva, presidiu a uma oração, tendo exortado o mundo "assustado e perdido" a rever as suas prioridades e se voltar a ligar à fé "durante a epidemia do novo coronavírus", notícia a AFP.

O texto da encíclica será divulgado no domingo, data em que os católicos celebram a festa de São Francisco de Assis, frade que defendeu a pobreza e a fraternidade, cujo nome o jesuíta argentino, cardeal Jorge Bergoglio adotou como pontífice.

A palavra "fraternidade" é uma palavra constante no pontificado de Francisco.

Em fevereiro do ano passado, em Abu Dhabi, assinou um "documento sobre a fraternidade humana", apelando à liberdade de crença e de expressão, um texto que foi coassinado pelo grande imã sunita egípcio de Al-Azhar, o xeque Ahmed al-Tayeb.

São Francisco de Assis, fundador da Ordem Medicante dos Frades Menores, é apontado como o precursor do diálogo inter-religioso, considerado o "pai" da ecologia moderna, com seu "Cântico das Criaturas", uma oração que exalta todas as criaturas, inclusive o "irmão Sol", a "irmã Água" e a "mãe Terra".

O texto de São Francisco, apontado também como protetor dos animais abre com a expressão "Laudato si", título escolhido pelo papa para a sua anterior encíclica de cariz ecológico e social, publicada em 2015, ano em que a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP21) se reuniu em Paris.

No ano passado o papa Francisco tinha já escolhido o dia 04 de outubro para convidar representantes dos povos indígenas da Amazónia a plantarem, simbolicamente, uma árvore nos jardins do Vaticano, durante uma celebração de uma oração a que se somou ritos e símbolos religiosos da região amazónica.

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