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Partido Social Liberal suspende filho de Bolsonaro

03 de dezembro de 2019 às 21:20

Partido anunciou punições a 18 deputados. Eduardo Bolsonaro, que é líder do PSL na Câmara dos Deputados, foi suspenso das suas funções partidárias por 12 meses.

O Partido Social Liberal (PSL), ex-formação política do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, anunciou esta terça-feira punições a 18 deputados, incluindo a suspensão do filho do chefe de Estado Eduardo Bolsonaro, segundo a imprensa local.

Eduardo Bolsonaro, que é líder do PSL na Câmara dos Deputados, foi suspenso das suas funções partidárias por 12 meses.

Os deputados em causa foram punidos, com castigos que vão de advertências até à suspensão das atividades partidárias, por tentarem afastar o presidente do partido, Luciano Bivar, da liderança daquela formação política.

A suspensão impede que os deputados participem em comissões ou falem em nome do partido no Congresso. Contudo, poderão ainda recorrer da decisão, segundo a deputada suspensa, Alê Silva.

"Ainda cabe recurso para a Convenção Nacional. Só depois de esgotadas todas as possibilidades de recurso, aí sim, as suspensões começarão a surtir efeito, além de caber um pedido de nulidade via Justiça", disse ao jornal O Globo a deputada afastada das funções por um ano.

Segundo a imprensa brasileira, os punidos já anunciaram a intenção de migrar os seus mandatos para o Aliança pelo Brasil, partido fundado por Jair Bolsonaro no mês passado, após abandonar o PSL.

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados do Brasil instaurou na semana anterior dois processos disciplinares ao filho do chefe de Estado e deputado federal, Eduardo Bolsonaro, após queixas do seu próprio partido e da oposição.

Um dos processos foi protocolado pelas formações políticas da oposição Partido Socialismo e Liberdade (PSol), Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e pelo Rede, e foi motivado pelas declarações de Eduardo Bolsonaro, que referiu um eventual regresso de um decreto que vigorou durante a ditadura militar.

O outro processo instaurado contra Eduardo Bolsonaro teve origem na sua própria formação política, o Partido Social Liberal, que acusa o deputado de ter ofendido a também deputada Joice Hasselmann (PSL) nas redes sociais, após esta se ter mostrado contra a sua indicação para a liderança do PSL.

Na ocasião, Eduardo Bolsonaro usou as redes socias para publicar uma fotomontagem de uma nota falsa com a imagem de Hasselmann. De acordo com a acusação, a exposição causou "danos irreversíveis e incomensuráveis à honra da deputada".

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