Nova Iorque vai dar pílulas aos ratos para combater a praga
A quantidade de ratos nas ruas da cidade preocupam a autarquia que decidiu avançar com um programa mais agressivo de controlo da população daquele que é considerado o "inimigo público número 1" de Nova Iorque.
O conselho municipal de Nova Iorque deu luz verde a um projeto piloto que irá implementar contraceptivos para ratos, numa nova tentativa de travar a crescente população de roedores na cidade norte-americana, uma batalha antiga.
Nos próximos meses, vai ser começado a ser colocado ContraPest - uma espécie de pílula para ratos - em vários pontos da cidade, como armadilha. O objetivo é que os animais ingiram o químico
A cidade terá equipas a monitorizar a quantidade de anticocepcionais nos vários pontos da cidade de forma regular para perceber como evolui a iniciativa.
O problema dos ratos em Nova Iorque é conhecido mundialmente – até mesmo desencadeando uma mini-indústria de turismo à sua volta. É comum ver estes roedores nos parques, nas carruagens de metro, esplanadas e passeios onde se acumulam sacos pretos de lixo. "Os ratos afetam a qualidade de vida mais do que pensamos", disse o presidente da câmara Eric Adams na abertura de uma cimeira de dois dias sujeita ao tema da praga de ratos, organizado em conjunto com o Programa de Gestão Integrada de Pragas do estado de Nova Iorque, da Universidade Cornell.
Uma das grandes "inovações" saída desta cimeira foi a instalação de contentores nas ruas. Desde março, mais de 200 mil estabelecimentos que vendem comida são obrigados a depositar em contentores de entulho os mais de 3 mil milhões de toneladas de lixo que produzem anualmente. Os residentes têm até 2026 para depositar os seus resíduos nos contentores, como é feito na maioria das cidades do mundo. No entanto, espera-se que até o final deste outono, cerca de 70% de todo o lixo da cidade esteja armazenado em recipientes fechados e inacessíveis aos roedores.
No ano passado, Nova Iorque nomeou a sua própria "czarina dos ratos", Kathleen Corradi, que foi encarregue de controlar o que foi apelidado de "inimigo público número 1". Embora o comissário de Saúde e Higiene Mental da cidade, Ashwin Vasan, advirta que não será possível exterminar completamente os roedores, "podemos mantê-los fora de nossas vidas quotidianas".
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