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Neta do presidente Roosevelt "muito desapontada" com Donald Trump

26 de outubro de 2018 às 22:57

Para Laura, as eleições de Novembro são uma oportunidade para os norte-americanos e o Partido Democrata recuperarem "controlo do Congresso".

A neta do antigo presidente dos Estados Unidos Franklin D. Roosevelt está "muito desapontada" com a atual administração da Casa Branca, liderada por Donald Trump, esperando um volte-face nas eleições intercalares de novembro.

Laura D. Roosevelt, em entrevista concedida à agênciaLusa, em Ponta Delgada, à margem do V Fórum Açoriano Franklin D. Roosevelt, afirmou que os norte-americanos "têm agora a possibilidade", bem como o partido Democrata, do qual o seu avô era membro, de "recuperar o controlo do Congresso", nas eleições intercalares marcadas para 06 de Novembro.

O fórum foi  organizado pelo Governo dos Açores e Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), sendo subordinado ao tema "O centenário da escala de Roosevelt nos Açores: as relações transatlânticas do século XX ao século XXI.".

Estando "otimista que isso vai acontecer", a pintora, formada pela Denison University, com graduação em Arte de Estúdio e História da Arte, espera que assim se possa "contrabalançar" a política doméstica americana.

"O problema agora, no meu país - e que foi também uma preocupação outras vezes, às vezes com os democratas a controlarem o Congresso, o Senado e a Presidência - é que não temos um equilíbrio que obrigue os políticos a trabalharem juntos para conseguir alcançar objectivos para as pessoas o maior número de vezes possível. Apenas um partido tem controlo", declarou Laura Roosevelt.

Para a artista norte-americana era importante que os Estados Unidos voltassem a assumir o seu lugar no globo, uma vez que o papel do país como super-potência tem sido desempenhado "largamente de forma responsável", com as questões de humanidade na "linha da frente do pensamento", e como "protetor da democracia", entre outros valores, sempre em colaboração com os seus aliados.

Laura Roosevelt considera que a ascensão de Donald Trump ao poder, e outras figuras similares no planeta, está relacionada com o medo: "as pessoas que votaram em alguém assim são originárias de locais onde predomina o medo".

A norte-americana afirma que a sua "base de suporte são largamente pessoas, brancos, com um baixo rendimento que temem a emigração e outras coisas que os façam perder a vida a que acham que têm direito".

Os outros potenciais votantes de Donald Trump colam-se à sua figura "por ganância", uma vez que se trata, na sua opinião, de "alguém que os vai fazer ganhar o máximo de dinheiro possível".

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