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Mais de 30 eurodeputados propõem Tsipras e Zaev para Prémio Nobel da Paz

04 de abril de 2019 às 13:23

Os 33 deputados do Parlamento Europeu em causa são originários de 16 países e integram seis grupos parlamentares diferentes: esquerda, socialistas, verdes, populares, conservadores e liberais. De fora, apenas a extrema-direita.

Mais de 30 eurodeputados de todo o espetro político, com exceção da extrema direita, apoiam a nomeação dos chefes dos governos grego, Alexis Tsipras, e macedónio, Zoran Zaev, ao Prémio Nobel da Paz.

Para os eurodeputados que apoiam a proposta, Tsipras e Zaev solucionaram uma contenda política entre os dois países que se prolongava há várias décadas e, por isso, enviaram a mensagem ao Comité Nobel Norueguês.

"É a primeira vez que se alcançou um acordo deste tipo na região dos Balcãs. Os dois chefes de governo deram um passo apesar das fortes pressões internas e o facto de terem alcançado este resultado deve-se às capacidades de liderança que demonstraram", referem os signatários da carta divulgada hoje.

Os 33 deputados do Parlamento Europeu em causa são originários de 16 países e integram seis grupos parlamentares diferentes: esquerda, socialistas, verdes, populares, conservadores e liberais.

Na carta indicam que atitudes como a "valentia" e a "visão de futuro" devem ser recompensadas e que o Prémio Nobel da Paz pode ajudar Zaev e Tsipras a conseguirem a devida aceitação nos respetivos países e a influenciarem outros Estados a atingirem relações pacíficas baseadas no respeito e reconhecimento mútuos.

Em junho de 2018, os governos de Atenas e de Skopje assinaram em Prespa o acordo que concede à ex-república jugoslava o nome definitivo de República da Macedónia do Norte pondo termo a uma disputa com a Grécia que se prolongou durante 27 anos.

O acordo foi assinado apesar da oposição dos partidos políticos e da sociedade, nos dois países.

No passado mês de fevereiro o novo nome entrou oficialmente em vigor e deve usar-se formalmente em todo o mundo.

As relações políticas entre os dois países eram tensas desde que a ex-república jugoslava declarou a independência em 1991 sob o nome República da Macedónia.

A Grécia, que tem uma região homónima no norte do país (Macedónia) nunca aceitou o nome do país vizinho por temer pretensões territoriais por parte de Skopje e durante décadas vetou a entrada do Estado balcânico na Aliança Atlântica e na União Europeia.

Logo após a entrada em vigor do novo nome, ambos os países assinaram um protocolo de adesão da República da Macedónia do Norte à NATO que pode vir a concretizar-se após a ratificação de todos os países membros da aliança.

Por outro lado, o Executivo de Skopje espera conseguir no próximo mês de junho a fixação de uma data para o início das negociações de adesão à União Europeia, sendo que é candidato desde 2005.

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