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Lula: “Agora quero ser candidato à presidência”

25 de janeiro de 2018 às 12:03

Lula da Silva diz que a condenação é uma "provocação". Dilma Rousseff apoia a decisão do antigo Presidente do Brasil.

Lula da Silva reafirmou esta quarta-feira vontade de se recandidatar à presidência, depois de ver confirmada por uma tribunal de segunda instância a sua condenação a prisão, por corrupção, ao discursar perante uma manifestação de apoiantes em São Paulo. 

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Foto: Reuters
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"Agora quero ser candidato à presidência", disse Lula da Silva. 

O antigo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha avisado que se iria bater até ao fim, qualquer que fosse a decisão dos juízes, para ser elegível na próxima eleição de outubro, para as quais tem sido considerado o grande favorito. 

Ao discursar para os apoiantes, Lula insistiu hoje na sua inocência, depois de a Justiça ter aumentado a sua condenação por corrupção para 12 anos, assegurando: "A provocação é tão grande, que agora quero ser candidato à Presidência". 

Num tom desafiante, perante uma praça a abarrotar com milhares de apoiantes, Lula acusou: "Fazem tudo para evitar que possa ser candidato, não é ganhar, apenas ser candidato. Mas a provocação é tão grande que agora quero ser candidato a Presidente da República".

O político disse que, se cometeu um crime, "que lho apresentem" e que caso o façam "desiste da candidatura". 

Dilma Rousseff, que lhe sucedeu na presidência, também já reagiu, através de uma nota de imprensa que colocou na sua página na rede social Facebook.

Aí, Dilma Rousseff afirmou: "Vamos garantir o direito de Lula concorrer à Presidência da República, nas ruas e em todos os recantos e cidades do Brasil. Mesmo quando nos golpeiem, como hoje, vamos lutar ainda mais".

No seu texto, a ex-Presidente apelou a uma reação contra a "decisão injusta tomada pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª região, em Porto Alegre, ao confirmar a sentença absurda e facciosa que condenou o antigo Presidente Lula".

Rousseff considerou ainda que "a inocência do ex-Presidente Lula e a perseguição política expressa na sua condenação impedem o restabelecimento da normalidade democrática e a pacificação do país".

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