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Leo Varadkar será o primeiro-ministro da Irlanda

02 de junho de 2017 às 19:52

O futuro primeiro-ministro será o mais jovem a ocupar o cargo, tendo sido eleito com 60% dos votos

Leo Varadkar foi nomeado, esta sexta-feira, líder do partido irlandês de centro-direita Fine-Gael. Com 38, Varadkar será o novo primeiro-ministro da Irlanda daqui a dez dias, avançou a agência Lusa.

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Foto: Getty Images
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O futuro primeiro-ministro será o mais jovem a chegar ao cargo do país, tendo sido eleito com 60% dos votos, contra Simon Coveney, adiantou o partido no Twitter.

Results of the combined votes cast by the Electoral College. #FGLE17

Watch live: https://t.co/1ZGTC9LbbE pic.twitter.com/s0FVfhmKDh

A chegada ao poder de uma pessoa com um perfil como o seu ilustra as profundas mudanças sofridas pela sociedade irlandesa, de forte tradição católica, nas últimas duas décadas.

O novo governante sucederá a Enda Kenny, que anunciou a sua demissão em meados de maio. Eleito primeiro-ministro em 2011, Kenny, de 66 anos, foi reeleito em maio de 2016, após mais de dois meses de impasse parlamentar.

Mas, sem maioria no parlamento, o líder do Fine Gael só aguentou um ano à frente do frágil Governo irlandês.

De facto, Enda Kenny só conseguiu a reeleição, após quatro votações do parlamento, graças ao apoio dos deputados independentes, e após um acordo com o Fianna Fail, principal formação da oposição, para que não se opusesse à constituição de um Governo minoritário.

Em troca, o Fianna Fail obteve um aumento da despesa pública e a suspensão de um imposto sobre a água, que valera ao Fine Gael gigantescas manifestações nas ruas de Dublin.

Instaurada no início de 2015, essa taxa sobre a água cristalizou o ressentimento dos irlandeses em relação à política de austeridade aplicada nos últimos anos pelo Governo de Kenny, enquanto a economia do país, depois de ter sofrido com a crise financeira, registou um crescimento de 7,8% em 2015 e de 5,2% em 2016.

A saída de Enda Kenny foi também precipitada pelas muitas críticas desencadeadas pela sua gestão de um escândalo dentro da polícia, revelado em Fevereiro.

O seu Governo foi acusado de ter deixado os seus serviços arruinarem a reputação do agente policial que deu o alerta, indevidamente acusado há alguns anos de agressão sexual a crianças.

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