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Julgamento de Jeffrey Epstein deve começar entre junho e setembro de 2020

31 de julho de 2019 às 21:43

Multimilionário é acusado de criar e gerir rede de tráfico sexual de menores e poderá ser condenado a prisão perpétua. Julgamento começa só no próximo ano devido à sua complexidade.

O julgamento do magnata norte-americano Jeffrey Epstein, acusado de abuso de menores, poderá iniciar-se entre junho e setembro de 2020, informaram hoje os 'media' locais.

Num encontro com o juiz Richard Berman, a procuradoria defendeu que o processo deve iniciar-se rapidamente devido ao interesse do público pelo caso, informou o diário Courthouse, especializado em questões jurídicas e tribunais.

A defesa do magnata, que se encontra em prisão preventiva, solicitou que o julgamento se inicie em setembro de 2020 devido à sua complexidade.

Berman convocou as duas partes para discutir a possível agenda do processo, incluindo o seu início.

Segundo o diário, o juiz convocou um novo encontro para 28 de outubro, onde vai continuar a escutar os argumentos da procuradoria e da defesa.

Epstein, 66 anos, compareceu hoje perante o juiz pela primeira vez desde que foi encontrado semi-inconsciente na cela da prisão de Nova Iorque, com ferimentos no pescoço.

No entanto, diversos 'media' indicaram que as marcas não eram totalmente visíveis no pescoço do indiciado, que parecia encontrar-se bem de saúde.

O canal CNBC informou que antes do incidente ocorrido da sua cela, com a suspeita de tentativa de suicídio, Epstein recebeu vários documentos legais nos quais uma adolescente de 15 anos denuncia ter sido violada pelo magnata na sua mansão.

Dias antes, o juiz tinha negado o pedido de Epstein para ser colocado em prisão domiciliária, até ao início do julgamento.

Acusado de tráfico sexual de menores, poderá ser condenado a prisão perpétua.

De acordo com a procuradoria do distrito sul de Manhattan, Epstein criou, há mais de uma década, uma rede para abusar de dezenas de meninas na sua mansão de Nova Iorque, e numa outra situada na Florida.

O magnata já enfrentou acusações similares na Florida, mas em 2008 alcançou um acordo extraoficial com a procuradoria para o fim da investigação, tendo cumprido 13 meses de prisão e alcançado um acordo económico com as vítimas.

O acordo foi supervisionado pelo então procurador de Miami, Alexander Acosta, que foi posteriormente nomeado secretário do Trabalho pelo Presidente dos EUA Donald Trump, e que foi forçado a renunciar do cargo devido às críticas emitidas na sequência da nova detenção de Epstein.

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