Homem queimado vivo durante protesto da oposição
Mais de 2.500 pessoas já foram detidas durante os protestos contra o Governo do Presidente, Nicolás Maduro
O Ministério Público venezuelano informou que um homem de 22 anos de idade foi queimado vivo durante uma manifestação da oposição em Caracas.
O jovem, Orlando José Figuera, encontra-se hospitalizado com ferimentos por arma branca, de primeiro e segundo grau e com queimaduras em 80% do corpo. O Governo venezuelano responsabilizou a oposição, indicando que a vítima foi agredida depois de alegadas acusações de ser "chavista" (simpatizante da revolução).
O ministro de Comunicação e Informação da Venezuela, Ernesto Villegas, atribuiu o ataque a uma "loucura crescente" e ao "fascismo inoculado".
Até ao momento não há uma posição oficial da oposição sobre o caso.
Nas últimas semanas, têm sido divulgados vídeos, através das redes sociais, de agressões verbais e intimidação, de parte de opositores, contra familiares de membros do Governo venezuelano, tanto na Venezuela como no estrangeiro.
O político da oposição venezuelana Henrique Capriles Radonski esclareceu ainda que já foram detidas 2.632 pessoas durante os protestos contra o Governo do Presidente, Nicolás Maduro, e contabilizam-se já 48 mortos e 13 mil feridos. "Somam 2632 pessoas detidas. Continuam detidas, presas, 1050 pessoas", frisou.
Na Venezuela, as manifestações a favor e contra o Presidente Nicolás Maduro intensificaram-se desde 1 de Abril, depois de o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) divulgar duas sentenças que limitavam a imunidade parlamentar e em que aquele organismo assumia as funções do parlamento.
Entre queixas sobre o aumento da repressão, os opositores manifestam-se ainda contra a convocatória a uma Assembleia Constituinte, feita a 1 de Maio pelo Presidente Nicolás Maduro.
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