Fórum Económico Mundial alerta que literacia mediática não está adaptada ao mundo virtual
O relatório salienta que a necessidade de alfabetização mediática robusta nunca foi tão grande, "à medida que a IA generativa e outras tecnologias confundem as linhas entre factos e ficção".
Os atuais esforços em literacia mediática e informacional não estão adaptados ao mundo virtual e são insuficientes para combater a desinformação, reconheceu o Fórum Económico Mundial, através de um comunicado.
"Embora a alfabetização mediática e informacional seja cada vez mais reconhecida como essencial, os esforços atuais não estão totalmente adaptados às realidades da era digital", refere a organização, pois "a desinformação é um desafio mais complexo do que nunca, amplificado por tecnologias como a IA generativa".
Neste sentido, a alfabetização mediática e informacional eficaz deve ser integrada em todas as idades e setores, de forma a se alcançar uma resiliência generalizada da informação, através de um novo modelo ecossistémico que visa identificar lacunas e direcionar intervenções em cada estado da desinformação, ao mesmo tempo em que apoia respostas sistémicas.
No centro deste novo modelo está a integração de duas estruturas conceituais complementares: o ciclo de vida da desinformação e o modelo socioecológico.
"Ao alinhar essas perspetivas, a estrutura ajuda a mapear melhor o cenário atual de alfabetização mediática e informacional, destacando lacunas, trazendo à tona oportunidades de engajamento e permitindo um impacto coordenado e escalável ao longo do tempo", lê-se na informação disponibilizada.
No papel central da proposta estão os indivíduos e as capacidades pessoais, habilidades como pensamento crítico, alfabetização emocional, discernimento e navegação digital são fundamentais para a forma como as pessoas interpretam e se envolvem com a informação.
Numa perspetiva interpessoal, famílias, amigos, colegas e mentores desempenham um papel critico na formação de hábitos de informação, pois através do encaminhamento de mensagens ou conversas casuais, estas redes interpessoais servem como a primeira linha de amplificação ou correção de conteúdo falso.
Além disso, do ponto de vista comunitário, as organizações da sociedade civil ajudam a reforçar ou resistir às narrativas de desinformação, porque as normas da comunidade, a confiança nas instituições locais e o acesso aos media influenciam se os indivíduos são expostos a diversas perspetivas.
O relatório concluiu salientando que a necessidade de alfabetização mediática robusta nunca foi tão grande, "à medida que a IA generativa e outras tecnologias confundem as linhas entre factos e ficção".
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