Secções
Entrar

Ex-PGR Luísa Ortega Díaz está sob protecção da Colômbia

21 de agosto de 2017 às 19:40

O Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou que está na disposição de facultar asilo político a Luísa Ortega Díaz, se ela pedir

O Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou hoje que a ex-procuradora geral da Venezuela, Luísa Ortega Díaz, encontra-se sob protecção do Governo colombiano e que está na disposição de lhe facultar asilo político, se ela pedir.

1 de 3
Ortega Díaz
Foto: Reuters
Ortega Díaz
Foto: Reuters
Ortega Díaz
Foto: Reuters

O anúncio teve lugar através da rede social Twitter, depois de as autoridades colombianas confirmarem que a ex-procuradora chegou a Bogotá na passada sexta-feira, acompanhada pelo marido e ex-deputado chavista, Germán Ferrer, provenientes de Aruba onde chegaram numa pequena embarcação, proveniente da costa venezuelana.

"A procuradora Luísa Ortega encontra-se sob protecção do Governo colombiano. Se pedir asilo damos-lho", escreveu Juan Manuel Santos na sua conta no Twitter.

A 17 de Agosto, o novo Procurador-geral da Venezuela acusou Luísa Ortega Díaz de conspirar contra o Governo e de ser "autora intelectual" da situação de violência que desde Abril provocou mais de 121 mortos no país.

"Eu denuncio-a como uma agente da conspiração mais terrível que esta nação viveu. É a autora intelectual do que aqui ocorreu e enlutou a Venezuela", disse Tarek William Saab numa sessão da nova Assembleia Constituinte.

Segundo Tarek William Saab, a ex-procuradora questionou a autoridade do Supremo Tribunal de Justiça e a eleição da Assembleia Constituinte, feita pelo Presidente Nicolás Maduro, o que originou um clima de violência no país que causou mais de uma centena de mortos, feridos e grandes perdas materiais.

"A sua actuação foi cúmplice em todas as acções de violência" no país, disse, sobre a antiga procuradora-geral da Venezuela.

A acusação teve lugar um dia depois de funcionários dos serviços secretos terem efectuado uma rusga na residência da ex-procuradora-geral e a Assembleia Constituinte ter pedido a detenção do marido, Germán Ferrer, por alegada corrupção.

Conhecida actualmente como "a procuradora rebelde", Luísa Ortega Díaz foi designada pelo "chavismo" [numa referência ao regime de Hugo Chavez, Presidente do país de 1999 até à sua morte em 2013] como Procuradora-geral da Venezuela país, durante dois mandados consecutivos.

Em Março deste ano, Ortega Diaz denunciou como ilegais duas sentenças do Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Uma que limitava a imunidade parlamentar e a segunda em que o STJ assumia as funções do parlamento, no qual a oposição detém a maioria desde as eleições de Janeiro de 2016.

A ex-procuradora-geral denunciou também a nomeação irregular de alguns dos magistrados do STJ pelo "chavismo" e acusou Maduro de convocar a eleição de uma Assembleia Constituinte para instaurar um regime totalitário no país.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela