Secções
Entrar

Ex-ministro brasileiro acusado por financiamento irregular da campanha eleitoral

11 de maio de 2018 às 11:12

Além de Haddad, foram acusadas outras quatro pessoas, entre elas o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso por envolvimento no caso Petrobras.

O ex-ministro da Educação brasileiro Fernando Haddad, um dos homens mais próximos do ex-Presidente Lula da Silva e líder emergente do Partido dos Trabalhadores (PT), foi acusado de financiamento irregular da campanha eleitoral pelo Ministério Público Eleitoral.

1 de 4
Foto: Getty Images
Foto: Getty Images
Foto: Getty Images
Foto: Getty Images

Haddad, que foi também prefeito de São Paulo, a maior cidade do país, entre 2013 e 2016, foi acusado de usar a "caixa B" durante a campanha para as eleições municipais de 2012, de acordo com a acusação apresentada pelo procurador de justiça eleitoral, Luiz Henrique Dal Poz.

O Ministério Público estima o financiamento irregular em 2,6 milhões de reais (cerca de 616 mil euros) supostamente pagos pela construtora UTC Engenharia, implicada na rede de corrupção ligada à petrolífera estatal Petrobras.

Além de Haddad, foram acusadas outras quatro pessoas, entre elas o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso por envolvimento no caso Petrobras.

O Ministério Público Eleitoral acusa o ex-prefeito da capital paulista de um delito de "falsidade ideológica" com fins eleitorais, que no Brasil é punido com até cinco anos de prisão.

"Haddad omitiu informações e inclui dados inexactos que não correspondem à realidade. Não contabilizou valores e utilizou facturas não idóneas para justificar gastos", aponta o Ministério Público.

A acusação baseia-se também no testemunho prestado pelo empresário Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, no âmbito de um acordo de colaboração com a justiça.

Haddad era apontado por algumas facções do PT como possível substituto de Lula da Silva na candidatura às eleições presidenciais do próximo mês de Outubro, caso o ex-Presidente se encontre impossibilitado de participar, uma vez que está detido.

Lula cumpre desde o passado dia 7 de Abril, na sede da Polícia Federal de Curitiba, uma pena de 12 anos e um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, imposta em Janeiro por um tribunal de segunda instância.

Apesar da sua situação jurídica, o ex-chefe de Estado (2003-2010), que lidera todas as sondagens divulgadas até à data, reafirmou por escrito a sua intenção de prosseguir a candidatura, uma posição apoiada pelo próprio PT.

No entanto, a lei eleitoral em vigor no país impede que, condenados na segunda instância, como é o seu caso, possam apresentar-se a cargos eleitorais, pelo que a sua candidatura não é definitiva.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela