Secções
Entrar

EUA querem falar mais sobre a Venezuela e menos sobre Israel

06 de junho de 2017 às 22:47

A embaixadora dos Estados Unidos, Nikki Haley, pediu que a Venezuela deixe voluntariamente o Conselho de Direitos Humanos da ONU

Os Estados Unidos afirmam que estão a avaliar a sua participação no Conselho de Direitos Humanos da ONU e  pediram a saída da Venezuela, país que enfrenta uma "rápida deterioração" dos direitos humanos, daquele órgão.

Estas posições foram avançadas hoje pela embaixadora dos Estados Unidos junto das Nações Unidas, Nikki Haley, durante uma intervenção que deu início à sessão de verão do Conselho que irá prolongar-se durante as próximas três semanas em Genebra (Suíça).

Durante a sua intervenção, Nikki Haley pediu que a Venezuela deixe voluntariamente o Conselho de Direitos Humanos da ONU, numa altura em que aquele país enfrenta uma grave crise política e económica e uma vaga de manifestações contra o Presidente Nicolás Maduro que já fizeram 65 mortos desde o início de Abril.

Se o governo venezuelano não é capaz de lutar contra estas violações, "deve voluntariamente sair do Conselho de Direitos Humanos até que seja capaz de restaurar a ordem" no seu próprio país, declarou a representante americana, diante dos 47 Estados-membros do órgão.

"Ser membro do Conselho é um privilégio e nenhum país que viole os direitos humanos deve sentar à mesa [do Conselho]", insistiu a embaixadora.

Reiterando as preocupações expressas por várias vozes da administração de Donald Trump sobre a eficácia do Conselho de Direitos Humanos da ONU, Nikki Haley disse que os Estados Unidos estão "a avaliar cuidadosamente este órgão e a participação do país no mesmo".

E afirmou que era "difícil de aceitar" o facto de cinco resoluções contra Israel, um tradicional aliado de Washington, terem passado em Março passado no Conselho, e nenhuma ter sido considerada em relação à Venezuela.

"É essencial que este Conselho aborde o seu preconceito crónico anti-Israel se é para ter alguma credibilidade", disse a representante norte-americana.

A embaixadora apelou ainda ao Conselho para adoptar "resoluções o mais fortes possíveis sobre as situações críticas de direitos humanos na Síria, na República Democrática do Congo, na Eritreia, na Bielorrússia e na Ucrânia", bem como para acompanhar e prevenir "novas violações e abusos dos direitos humanos" nesses países.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela