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Covid-19: Polícia captura 444 presos fugitivos no Brasil

17 de março de 2020 às 16:49

Evasão aconteceu depois do anúncio da suspensão de saídas temporárias para evitar a propagação do novo coronavírus.

Autoridades brasileiras anunciaram, esta terça-feira, a captura de 444 presos que haviam fugido no dia anterior de quatro cadeias no estado de São Paulo, após o anúncio da suspensão de saídas temporárias para evitar a propagação da Covid-19.

"Às 08h15 da manhã (11h15 em Lisboa) de terça-feira, 444 prisioneiros foram capturados pela Polícia Militar com o apoio de agentes de segurança penitenciária", anunciou a Secretaria da Administração Penitenciária do estado de São Paulo em comunicado.

O governo local também garantiu que "a situação estava sob controlo" nos quatro centros penitenciários onde ocorreram as fugas sem especificar o número total de prisioneiros que haviam escapado. Os média locais relatam que quase 600 prisioneiros haviam fugido.

Na noite de segunda-feira, centenas de prisioneiros escaparam após a decisão das autoridades de suspender as saídas temporárias permitidas pelo regime de semiliberdade a que cerca de 34.000 detidos têm direito no estado, para evitar a propagação do novo coronavírus.

As autoridades acreditavam que, com o regresso dos detidos às prisões "haveria um grande risco de introduzir e espalhar o coronavírus entre uma população vulnerável".

Esses prisioneiros em regime de liberdade condicional têm o direito de deixar a sua cela durante o dia para ir trabalhar ou estudar.

Os presos recapturados "perderam o direito de se beneficiar do regime de semiliberdade e cumprirão a sua sentença sob o regime fechado", afirmou o coronel da Polícia Militar Nivaldo Cesar Restivo, funcionário da administração penitenciária, em entrevista à rede Globo.

O Brasil, um país de 210 milhões de habitantes, tem mais de 200 casos de contaminação e anunciou hoje a primeira morte causada pela Covid-19, em São Paulo.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, com mais 67 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos.

A Itália com 2.158 mortos registados até segunda-feira (em 27.980 casos), a Espanha com 491 mortos (11.191 casos) e a França com 148 mortos (6.663 casos) são os países mais afetados na Europa.

Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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