China acusa EUA de ameaçar a segurança com incursões aéreas
Um avião norte-americano foi descoberto na quinta-feira no sudeste de Hong Kong e "interceptado, de acordo com a lei", por operações "seguras e profissionais" dos caças chineses
O Ministério da Defesa chinês confirmou hoje um incidente aéreo com caças chineses e um avião norte-americano perto de Hong Kong, e culpou os Estados Unidos (EUA), considerando que violaram a soberania chinesa e colocaram "vidas em perigo".
De acordo com o comunicado do ministério, o avião norte-americano foi descoberto na quinta-feira no sudeste de Hong Kong e "interceptado, de acordo com a lei", por operações "seguras e profissionais" dos caças chineses.
"Ultimamente, os EUA enviaram navios militares e aeronaves para o espaço aéreo e marítimo chinês, violando a nossa soberania territorial, além de representar uma ameaça para a vida dos povos dos dois países", referiu a tutela nota oficial.
Na sexta-feira, um funcionário do Pentágono disse à estação televisivaFox Newsque os dois caças chineses, da classe J-10, chegaram a voar a menos de 200 metros da aeronave de vigilância, de modelo P-3, incorrendo num sério perigo de colisão.
Este incidente aconteceu depois de, na quarta-feira, o contratorpedeiro "USS Dewey" ter navegado a menos de 20 quilómetros de uma das ilhas artificiais construídas por Pequim em águas disputadas com países vizinhos no mar do sul da China.
Na quinta-feira, Pequim instou Washington a "corrigir a má conduta" no mar do sul da China, depois de o contratorpedeiro norte-americano ter navegado no território.
O porta-voz do Ministério de Defesa chinês, Ren Guoqiang, revelou na altura que Pequim apresentou um protesto formal aos EUA e afirmou que a decisão norte-americana mina a "estabilidade" na região.
Washington insiste em ter o direito de navegar naquelas águas que diz serem território internacional, mas Pequim reclama a quase totalidade do mar do sul da China, apesar dos protestos dos países vizinhos.
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