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Biden rejeita novo confinamento nacional apesar de aumento de casos nos EUA

20 de novembro de 2020 às 07:56

"Nenhuma circunstância poderia justificar, aos meus olhos, um confinamento nacional total. Acho que seria contraproducente", vincou o presidente eleito.

O Presidente eleito dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, rejeitou hoje um novo confinamento a nível nacional, apesar do aumento no número de infeções pelo novo coronavírus em todo o país nas últimas semanas.

"Nenhuma circunstância poderia justificar, aos meus olhos, um confinamento nacional total. Acho que seria contraproducente", vincou Joe Biden, em Wilmington, no Delaware.

O ainda Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), o republicano Donald Trump, também já tinha rejeitado um novo confinamento nacional, na eventualidade de permanecer no cargo, na primeira conferência de imprensa que deu depois de Biden ter sido declarado o vencedor.

A candidatura de Trump, o próprio chefe de Estado norte-americano e os apoiantes mantêm viva a tese de que houve fraude eleitoral e que o atual Presidente vai acabar por ser o vencedor. Contudo, apesar das várias ações interpostas na Justiça, as acusações carecem de quaisquer evidências.

Ainda assim, o republicano recusa reconhecer a derrota e está a bloquear o processo de transição.

Ou seja, se Trump continuar a rejeitar o resultado das eleições, o Presidente eleito apenas poderá começar a 'trabalhar' a partir de 20 de janeiro, data da tomada de posse.

Por esta razão, o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, denunciou hoje o que disse ser a "incrível irresponsabilidade" de Donald Trump, que ainda se recusa a aceitar o resultado da eleição de 3 de novembro.

As "mensagens incrivelmente prejudiciais" de Trump também estão a denegrir a democracia norte-americana, prosseguiu Biden, que referiu novamente que as ações do Presidente estão a prejudicar o combate à pandemia, uma vez que a administração não dá à equipa de Biden acesso às agências federais para construírem um plano para mitigar a propagação da covid-19.

Numa altura em que o país espera receber até dezembro as primeiras unidades de uma vacina eficaz contra o SARS-CoV-2, a recusa da Administração Geral de Serviços em reconhecer Biden como o vencedor impediu o acesso a fundos para organizar a distribuição e implementação de outras terapêuticas para tratar o novo coronavírus.

O democrata diz que o gabinete que constituiu ainda não tem toda a "informação de que precisava" das agências federais para desenvolver um plano eficaz, e, por isso, não é capaz "de lidar com tudo, desde a testagem à orientação para a tão importante distribuição da vacina".

Joe Biden foi declarado o vencedor das presidenciais de 03 de novembro, de acordo com as últimas projeções de vários órgãos de comunicação social norte-americanos, como, por exemplo, a CNN, o The New York Times, o The Washington Post, entre outros.

O democrata vai ser o 46.º Presidente do país, mas o atual chefe de Estado recusa reconhecer a derrota e tem utilizado vários canais, nomeadamente a rede social Twitter, para alegar fraude eleitoral.

Acusação que carece de provas e que vai perdendo força à medida que as autoridades dos estados onde os resultados são contestados rebatem as alegações da candidatura republicana.

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