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Canal do Suez e proprietária do Ever Given chegam a princípio de acordo

Lusa 23 de junho de 2021 às 20:24

Desde 29 de março, quando foi desencalhado, que o navio se encontra retido no Grande Lago Amargo do Canal, mas o princípio de acordo permitirá a libertação da embarcação e da mercadoria que transporta.

A Autoridade do Canal do Suez (SCA) e a proprietária do Ever Given, o navio que interrompeu o tráfego numa das mais importantes vias marítimas comerciais, chegaram a um princípio de acordo, anunciou hoje a seguradora do porta-contentores.

Ever Given encalhado

Em comunicado, a UK Club, a seguradora do navio que ainda se encontra retido pelas autoridades, explicou que, "após prolongadas discussões com o comité de negociação da Autoridade do Canal do Suez durante as últimas semanas, foi alcançado um acordo de princípio entre as partes".

Desde 29 de março, quando foi desencalhado, que o navio se encontra retido no Grande Lago Amargo do Canal, mas o princípio de acordo permitirá a libertação da embarcação e da mercadoria que transporta.

"Juntamente com o proprietário e as restantes seguradoras do navio, estamos agora a trabalhar com a SCA para finalizar a assinatura de um acordo de liquidação o mais rapidamente possível. Após estes trâmites, serão efetuadas as medidas necessárias para a libertação da embarcação", acrescenta o comunicado da seguradora.

A libertação do navio é aguardada por muitas empresas que possuem mercadorias nos milhares de contentores a bordo do Ever Given, com um valor total estimado em mais de 501 milhões de euros.

No domingo, um tribunal egípcio adiou o caso do Ever Given enquanto prosseguiam as negociações para solucionar a disputa financeira.

A Autoridade do Canal do Suez, por onde passa mais de 10% do comércio mundial, exigiu uma compensação de cerca de 772 milhões de euros, de seguida reduzida para 463 milhões de euros, pelos danos e prejuízos ocasionados.

O porta-contentores, com bandeira panamiana e que integra a frota do armador de Taiwan Evergreen Marine Corporation, permanece fundeado no local desde que foi desencalhado do canal, onde ficou atravessado em 23 de março e durante seis dias com os seus 400 metros de comprimento.

Com uma carga de mais de 18.000 contentores, geridos pela multinacional Bernhard Schulte Shipmanagement (BSM), o incidente implicou a paralisação total da circulação nesta rota marítima entre a Ásia e a Europa.

No total, 422 navios, com 26 milhões de toneladas de mercadorias, ficaram bloqueados.

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