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Morreu Clem Burke (1954-2025), "o pulsar do coração dos Blondie"

"Não era apenas um baterista", defenderam os colegas da banda, que lhe elogiaram "o talento, a energia e a paixão pela música". Clem Burke tinha 69 anos.

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Edição de 5 a 11 de agosto
Lusa 07 de abril de 2025 às 17:49
Jeff Kravitz/FilmMagic, Inc

O músico norte-americano Clem Burke, baterista dos Blondie, morreu esta segunda-feira com 69 anos, em consequência de um cancro, revelou a banda rock em comunicado.

"O Clem não era apenas um baterista, era o pulsar do coração dos Blondie. O seu talento, a energia e a paixão pela música eram inigualáveis e o contributo para a nossa sonoridade e sucesso são imensuráveis", afirmou a banda na página oficial.

Pioneiros da new wave nova-iorquina, os Blondie foram formados em 1974 pela cantora Debbie Harry e pelo guitarrista Chris Stein, que puseram um anúncio no jornal Village Voice à procura de um baterista.

Foi assim que Clement Burke, que faria 70 anos em novembro, entrou para os Blondie, gravando todos os álbuns e mantendo-se como baterista, mesmo depois do hiato de mais de uma década na banda.

Durante a pausa na carreira dos Blondie, nos anos 1980 e 1990, Clem Burke tocou com músicos como Bob Dylan, Pete Townshend, Iggy Pop, Ramones, Joan Jett e os Eurythmics.

"Em 1998, Clem foi uma peça fundamental para o regresso dos Blondie e para a gravação de um novo álbum [No Exit], do qual fazia parte o single Maria", lê-se na biografia dedicada ao músico na página dos Blondie.

De acordo com a BBC, Clem Burke esteve envolvido num projeto de longa duração sobre os efeitos físicos e psicológicos de tocar bateria -- comparáveis aos de um atleta profissional -, tendo sido criado em 2008, a esse propósito, o Clem Burke Drumming Project.

Em 2011, Clem Burke recebeu um doutoramento honoris causa pela Universidade de Gloucestershire, no Reino Unido.

Segundo a BBC, o último concerto de Clem Burke com os Blondie foi no verão de 2024 no festival Belsonic, na Irlanda do Norte, no qual o baterista vestia uma camisola com referência ao CBGB, o clube que é designado "o berço do punk rock" em Nova Iorque, onde os Blondie começaram a atuar nos anos 1970.

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