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Giulia Caminito escreveu um livro para nos incomodar. "A Água do Lago Nunca é Doce" apresenta-nos os subúrbios pobres de Roma e uma família que, por mais que mude de morada, não se livra dos ecos dessa pobreza.
A primeira ideia que lhe surgiu não foi uma ideia, antes uma intenção: com A Água do Lago Nunca é Doce, Giulia Caminito queria contar uma história sobre a contemporaneidade. Para isso, levou o seu “era uma vez” até ao início dos anos 2000 e enunciou-o pela voz de uma rapariga que o leitor acompanha da infância à entrada no mercado de trabalho. Falta montar o cenário: os subúrbios mais pobres de Roma, tão longe do centro como da Lua.
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